Um IPO não deveria ser o objetivo final dos fundadores de startups brasileiras
Uma das principais discussões no centro do palco Web Summit Rio 2024, que durou até a última quinta-feira, girou em torno da possível retomada das ofertas iniciais e o que isso significa para as empresas de base tecnológica.
Situação atual. A premissa do painel, mediado por O Relatório Brasileiro editor-chefe Gustavo Ribeiro, é que o mercado deverá iniciar uma recuperação este ano.
Pano de fundo. O aumento de liquidez promovido pelos bancos centrais e governos para evitar a paragem das economias durante o pico da pandemia da Covid-19 também ajudou a intensificar a dimensão e o número de operações de IPO. As elevadas taxas de juro aplicadas no período subsequente para combater a inflação afastaram os investidores. Embora mais lento do que o esperado, o novo ciclo de cortes poderá ajudar as empresas a retomarem os seus planos de IPO.
Sim mas… Os dois especialistas na conversa, Fabiana Fagundes, sócia-fundadora da FM/Derraik, e Marcello Gonçalves, sócio-diretor da Domo.VC, deixaram de lado essas expectativas.
- “Os banqueiros com quem conversei para preparar esta sessão disseram que esperam uma recuperação entre o quarto trimestre de 2024 e os primeiros três meses de 2025, mas com IPOs com avaliações diferentes das de 2021”, disse Fagundes.
- Por diferente, ela quer dizer avaliações muito maiores. “A matemática é feita ao contrário: quanta liquidez precisa haver no mercado para a empresa ter uma avaliação correta? Eles entendem que precisamos de 20…